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EXCLUSIVO: Novas imagens mostram como quadrilha agia para trocar malas de passageiros por bagagens c

Investigação da Polícia Federal identificou criminosos que agiam no check-in, na área restrita e no comando das operações.


Por Fantástico 23/07/2023 20h45 Atualizado há 16 horas

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O Fantástico teve acesso a imagens exclusivas de uma sequência de crimes do bando e mostra como era a rotina dos criminosos.

Uma das presas é a Carolina Pennachiotti, de 35 anos. Ela aparece em uma das gravações reclamando do “emprego”, que na verdade é o crime de organizar o tráfico de drogas no terminal.


“Ai meu pai amado. Acho que vou ter que arrumar um emprego, mano. Esse daqui tá difícil e cansativo”, diz.


Ela é funcionária de uma empresa que presta serviços no aeroporto e a Polícia Federal começou a investigá-la em março passado, depois que as turistas brasileiras Kátyna e Jeanne foram presas injustamente na Alemanha por causa da troca de etiquetas em suas malas.

Fase 1: falso check-in


Segundo as investigações da PF, o caso das turistas brasileiras não foi o primeiro. Em 23 de outubro do ano passado, imagens mostram um carro chegado ao aeroporto e o motorista indo embora. Um homem desce com uma mala cheia de cocaína:

  • é então que entra em cena Tamiris Zacharias, 31 anos, funcionária da Gol Linhas Aéreas. Na imagem, é possível ver ela com um telefone na mão, perto de uma área de check-in;

  • o homem com a mala, também com celular na mão, se encontra com Tamiris e chegam juntos ao balcão de atendimento;

  • ela recebe a bagagem como se estivesse fazendo o procedimento normal, mas não passa de encenação e nenhum comprovante é emitido;

  • a mala carregada com cocaína vai para a esteira e Tamiris sai do guichê, acompanhada do homem, que depois vai embora sozinho. Ele não foi identificado:


Havia 43 quilos de cocaína dentro da mala e nenhum criminoso apareceu para pegar a droga em Lisboa.


Em outro flagrante, Tamiris e Carolina aparecem juntas. Em áudio interceptado pela PF, Carolina mais uma vez reclama, dessa vez diz que está com fome e esperando a Tamires “mandar a bola”.


Segundo os investigadores, bola quer dizer despachar cocaína.

E procedimento se repete, com um homem chegando com a mala e se encontrando com Tamiris. Em seguida, as parceiras se encontram e saem juntas do aeroporto. Em áudio enviado para a mãe, Carolina fala sobre o dinheiro que recebeu.


“Tenho que pegar R$ 500 meu, R$ 500 da Tamires, de um café que a gente ganhou. Tenho que ir atrás da minha moeda”, diz.



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Fase 2: área restrita

Depois do falso check-in, o esquema criminoso continua dentro da área restrita do aeroporto e um novo personagem aparece: o funcionário Deivid Souza Lima. Ele sabe que câmeras filmam o local e, por isso, coloca uma mala para que ninguém veja o que acontece atrás.


Segundo as investigações, neste momento outro funcionário identificado como Pedro Venâncio pega a etiqueta de identificação de uma bagagem e coloca no bolso da calça. Cerca de 15 minutos depois, a mala com drogas aparece.


Segundo a polícia, é neste momento que Pedro Venâncio coloca a etiqueta que ele roubou na mala com 43 quilos de cocaína.


“Eles fazem sempre de maneira velada para, quando você ver, sem a atenção devida, parece que estão trabalhando normalmente”, diz o delegado da Polícia Federal Felipe Lavareda.

A cocaína despachada pela quadrilha viajou até Paris e lá os criminosos tentaram pegar a droga, mas acabaram sendo presos. No dia seguinte, 4 de março, aconteceu a troca de mala das brasileiras Kátyna e Jeanne.


O esquema foi idêntico, com participação de Tamiris, mas quem entregou a mala foram duas mulheres. Pedro Venâncio foi o responsável por retirar as etiquetas das bagagens delas e colocar na mala com drogas.


Esquema descoberto

A Polícia Federal identificou três criminosos acusados de chefiar a quadrilha do aeroporto. Um deles é Fernando Reis, apelidado de Brutus.


Foi ele que planejou a mentira que Tamiris Zacharias deveria contar caso alguém perguntasse algo para ela sobre o despacho da bagagem. O plano era dizer que o dono da bagagem só pediu informação sobre check-in e que ela não o conhecia. O plano, no entanto, não deu certo e a quadrilha foi presa.



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