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5 dias em Lisboa com Kátyna e Jeanne

Portugal, é a principal porta de entrada da Europa para nós brasileiros. A boa notícia é quem existe várias opções de voos diretos de muitas cidades do Brasil, além disso é possível encontrar passagens com bom custo x benefício.


Para quem deseja fazer sua primeira viagem para a Europa, indicamos começar por Portugal, pela facilidade de comunicação e vários tratados de cooperação que existem entre o Brasil e Portugal. Depois da primeira viagem para a Europa, fica mais fácil entender a imigração, transporte público e outras particularidades dos países da Europa.


Para conhecer Lisboa de forma tranquila, recomendamos cerca de 5-6 dias além disso, existem muitas cidades que você pode fazer bate e volta partindo de Lisboa. Vamos lá então para prática, lembrando que a culinária de Portugal é incrível, selecione com antecedência os restaurantes para você visitar e a maioria deles é necessário reserva, outra coisa, a Europa está cada vez mais cheia de turista, sempre programe seus passeios com antecedência.

           

DIA 1


Nos hospedamos no Ibis Marquês de Pombal, a localização do hotel foi fantástica, a duas quadras de uma estação de metrô, porém, o quarto não era tão confortável, o café da manhã com bastante variedade e apesar de tudo nos atendeu bem.


Pegamos o metrô na praça Marquês de Pombal (linha azul – sentido Santa Apolônia), descemos na estação Terreiro de Paço e fomos para a Praça do Comércio, ponto histórico às margens do Rio Tejo com o Arco da Rua Augusta ao fundo. A Praça do Comércio é cercada por restaurantes, onde sugerimos almoçar no Ministerium, pedir um polvo a lagareiro e um vinho chamado Papa Figos. Esse prato e este vinho combinam muito bem!!


POLVO A LAGAREIRO

Após o almoço tiramos algumas fotos e passamos pelo Arco da Rua Augusta, a rua é tomada por comércio, aproveite para comprar algumas coisas, como sardinhas em lata para trazer para o Brasil (são deliciosas), compramos também algumas louças de cozinha. Nessa região existem várias sorveterias, aproveite para tomar um sorvete de sobremesa, especialmente se você for no verão.


Você pode passar pela Rua Augusta e ir caminhando pelas ruas da baixa pombalina, que é o centrão antigo de Lisboa, já destruído por incêndios e por terremotos e maremotos (1531 e 1755), reconstruído pela última vez a centenas de anos. Vá até o Elevador Santa Justa ou Elevador do Carmo, é uma construção antiga toda de ferro que liga a baixa pombalina até um canto do bairro alto, lá em cima tem uma vista incrível da cidade.

Praça do Comercio

No início da noite pegamos um táxi e fomos para o Bairro Alto, é um bairro boêmio, cheio de pubs, bares e lojas de souvenirs. A partir do entardecer cada sobrado do bairro se transforma num comércio e as ruas se enchem de gente. Na Rua Diário de Notícias, 95 tem o Artis Wine Bar, que serve aperitivos maravilhosos, camarão apimentado é delicioso e serve também muitos frutos do mar e no mesmo bairro tem o restaurante A Severa, que serve um bacalhau maravilhoso e queijo da serra da estrela, acompanhado de show de fado. Após tudo isso no primeiro dia, merecemos uma boa noite de sono!

 

DIA 2

Esse foi o dia que fizemos o passeio a Sintra, cidade onde castelos surgem das montanhas, que já foi habitada por celtas e mouros, até virar refúgio de verão da realeza portuguesa. Esse é um passeio imperdível!


Sintra é um verdadeiro tesouro histórico, onde se encontram vestígios desde a idade do Bronze às diversas épocas da História de Portugal. Foi classificada pela UNESCO como Paisagem Cultural e Patrimônio da Humanidade em 1995. Sintra deve a sua designação à palavra de origem indiana “Suntria” que quer dizer “astro luminoso”, numa referência à sua deslumbrante paisagem.


Pegamos o comboio (trem em Portugal) na estação ferroviária do Rossio, no final da Avenida Liberdade. Os comboios saem a cada 15-20 minutos e o percurso dura cerca de 40 minutos. Da estação ferroviária para o centro da vila n. 434, ou caminhar por 1 km, preferimos caminhar e foi bem tranquilo. Chegamos na pracinha central e procuramos a casa Piriquita, casa de doces tradicionais e pedimos um travesseio recheado com ovos e amêndoas, delícia. Ao lado está o escritório de turismo e pegamos um ônibus turístico que nos levou ao Palácio de Pena, aberto todos os dias. Depois fomos para o Castelo dos Mouros, que fica próximo. O Castelo dos Mouros fica no cume da serra de Sintra e fornece uma vista deslumbrante da vila de Sintra.


Sintra

Depois voltamos para o centro de Sintra de ônibus e seguimos pela Rua Consiglieri Pedroso, até a Quinta da Regaleira, que é uma mansão gigantesca, com torres, grutas e poços escondidos, cheios de símbolos ocultos ligados à maçonaria, aos cavaleiros templários e à alquimia. O lugar é incrível, a principal atração é o “poço iniciático”, que na verdade é uma torre invertida de 27 metros dentro do chão. E se ainda der tempo visite o Palácio Nacional de Sintra. Depois é pegar o comboio e voltar para a Lisboa.


A noite decidimos curtir um pub próximo a Praça do Comércio, que adorámos chamado Delirium Café. No Brasil não é comercializado a cerveja Delirum Red, então aproveitamos para tomar uns chopps, mas tome cuidado a graduação alcóolica dela é bem alta, é uma cerveja perigosa (experiência própria 😊). Para comer pedimos Hot Polvo com fritas que estava simplesmente incrível!!


DIA 3

Tomamos café da manhã no hotel e seguimos para o metrô, para a estação Baixa-Chiado (linha azul sentido Santa Apolônia), onde fizemos baldeação (linha verde sentido Cais do Sodré), até a estação do Cais do Sodré. Lá tomamos um trem até a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerônimos.


Era na Torre de Belém que os navios partiam e chegavam em Lisboa. O local é cheio o tempo inteiro, então aconselhámos acordar cedo para tirar boas fotos. Existe a possibilidade de fazer um tour dentro da Torre, porém é preciso comprar com antecedência e a fila estava gigantesca, nós não entramos na Torre. Existe um jardim em frente a Torre, onde compramos algumas cerejas (na Europa é muito comum barraca de frutas na rua) e admirámos um pouco a paisagem.


TORRE DE BELÉM

Caminhamos até o Mosteiro dos Jerónimos, que foi construído a pedido do rei D. Manuel I no final do século XV, sua construção durou uma centena de anos e foi dirigida por um conjunto notável de arquitetos e mestres de obras, destacando-se João de Castilho. O Mosteiro encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1907 e, em 1983, foi classificado como Património Mundial pela UNESCO, juntamente com a Torre de Belém. Para entrar na igreja do mosteiro e subir na torre é preciso comprar o ingresso com antecedência.


MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS
MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS

A uma curta caminhada está a fábrica de Pastéis de Belém, a única que pode realmente receber esse nome, os demais doce devem ser chamados Pastéis de Nata. No início do século XIV, em Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos laborava uma refinação de cana-de-açucar associada a um pequeno local de comércio variado. Como consequência da revolução Liberal ocorrida em 1820, são em 1834 encerrados todos os conventos e mosteiro de Portugal, expulsando o clero e os trabalhadores. Numa tentativa de sobrevivência, alguém do Mosteiro põe à venda nessa loja uns doces pastéis, rapidamente chamados de “Pastéis de Belém”. A fabricação dos pastéis iniciou em 1837, segundo uma antiga receita do Mosteiro dos Jerónimos.


PASTÉIS DE BELÉM

PASTÉIS DE BELÉM

Pegamos o trem de volta para a estação de Belém, descemos no ponto final – Cais do Sodré. Atravessamos a rua e fomos almoçar no Mercado da Ribeira ou Time Out Market. É um mercadão gourmet muito bom. Como adoramos frutos do mar pedimos amêijoas e polvo, o dia estava bastante quente, pedia um chopp para refrescar. No Time Out Market, os restaurantes são classificados de acordo com a especialidade do chef, então tem opções de carnes, frutos do mar, assados, cordeiro, peixes, doces, enfim é uma experiência gastronômica que vale muito a pena e os preços são bem atraentes. O lugar é muito cheio, tem que ter paciência para achar um lugar para sentar-se, mas vale muito a pena.


Depois do almoço andamos até a praça do comércio e tomamos um táxi para o Castelo de São Jorge. As primeiras muralhas do castelo, que foi reconstruído diversas vezes por vários povos, datam do século II a.C. O nome deriva da devoção do castelo a São Jorge, santo padroeiro dos cavaleiros e das cruzadas, feita por ordem de D. João no século XIV. Demos uma volta na vila que servia à família real, que hoje foi substituída por lojas e restaurantes, entramos no castelo, tomamos um café e observamos a vista de Lisboa do alto do castelo. Retornamos para o hotel, descansamos um pouco e saímos pata jantar bacalhau com natas.


DIA 4

Reservamos esse dia para fazer o passeio de Fátima, que é um dos maiores centros de peregrinação católica do mundo. Não vale a pena ir de trem, porque a estação em Fátima fica a 23 km do Santuário, então a melhor forma mesmo é ir de ônibus. Pegamos o metrô na estação Marquês de Pombal (linha azul sentido Amadora Este), descemos na estação Jardim Zoológico e fomos até o terminal Sete Rios, que fica ao lado. Lá é possível pegar o ônibus para Fátima a partir das 07h, os ônibus saem quase que de hora em hora, pagamos 23 euros ida e volta por pessoa.


Chegando na rodoviária de Fátima, você pode comprar a passagem de volta ou deixar para comprar depois, correndo o risco de não ter vaga em cima da hora. O tempo que você irá gastar em Fátima, depende muito. Nós quisemos aproveitar e conhecer tudo, fomos na Basílica Nova que foi erguida onde Nossa Senhora apareceu, na Cova da Iria e assistimos uma missa, ao lado fomos na Basílica Antiga, depois fomos no bosque de Valinhos, local onde teve as aparições do Anjo aos três Pastorinhos e local também onde foi a quarta aparição de Nossa Senhora. Depois caminhamos até as casas dos três Pastorinhos; Francisco, Jacinta e Lúcia, que ficam na aldeia chamada Aljustrel. Fizemos esse percurso com bastante calma, parando para reflexões e orações, então para nós o passeio a Fátima tomou um dia inteiro praticamente. Para chegar em Aljustrel, pegamos um táxi, porque a caminha seria longa e o dia estava bastante quente.


FÁTIMA

Recomendo levar bastante água e alguns lanches nesse dia, porque passamos muito tempo caminhando. Existem várias opções de restaurantes em Fátima, após a visita nas Basílicas Nova e Antiga, já optamos em parar em algum restaurante da avenida principal, pois depois teríamos longas caminhadas e a estrutura de restaurantes não é a mesma próxima ao bosque e a aldeia.


Depois que finalizamos na aldeia de Aljustrel, tomamos um táxi para a rodoviária e pegamos o ônibus das 17h para retornar a Lisboa, tivemos sorte de ter vaga no ônibus e não tivemos que esperar o próximo, mas o ideal é que você já compre a passagem de volta quando chegar em a Fátima, porque a cidade é sempre muito cheia e a maioria dos turistas optam em fazer esse percurso de ônibus.


O trecho leva cerca de 1h30min., chegamos no hotel, descansamos um pouco e saímos para jantar no Solar dos Presuntos (necessário reserva).

 

DIA 5

No nosso último dia em Lisboa, optamos em fazer um bate e volta para cidade de Óbidos que vale muito a pena. Pegamos o metrô (linha amarela) e paramos na Estação do Campo Grande. Na estação existe uma empresa de ônibus chamada Rápida Verde, os ônibus parte de Lisboa para Óbidos de hora em hora. Pagamos 9 euros na ida e após um pouco mais de 1h já estávamos em Óbidos. O ônibus para bem na entrada da cidade, em frente tem uma estação da mesma empresa com os horários dos ônibus da volta. Não tem um guichê para comprar os tickets, você paga diretamente para o motorista.


Assim que chegamos na cidade, subimos uma pequena escadaria e já nos deparamos com o portal da cidade. Óbidos é feita de ruas estreitas e cheias de comércio, é impossível se perder na cidade porque ela é muito pequena e por todos os lados é possível ver as muralhas que envolvem a vila, todo o percurso pode ser feito a pé.


A ginja, uma bebida típica de Portugal, originou em Óbidos, então é quase que obrigatório experimentar essa bebida por lá, nós não gostamos muito! A uma pequena caminhada, já nos deparamos com a Igreja de Santa Maria ou Igreja de Nossa Senhora da Assunção. Foi erguida no século XII, recebeu intervenções nos séculos XVI e XVII, o que resultou numa mistura de estilos arquitetônicos, renascentistas, maneirista e barroco.


O Chafariz da Vila, também conhecido como Chafariz da Praça de Santa Maria, situa-se na frente da Igreja. Além disso, no centro histórico conservam-se monumentos como o Pelourinho, o Mercado da Vila, o Solar dos Abonis, o Solar dos Brito Pegado (atual Museu Municipal de Óbidos) e os Antigos Paços de Conselho, hoje o Museu Abílio de Mattos e Silva.


Subimos na muralha e caminhamos um pouco, observamos toda a vila pela muralha. Se você tem medo de altura, não recomendamos essa subida, porque não tem muita estrutura de segurança, é preciso tomar cuidado na caminhada.


Depois que descemos da muralha, almoçamos. Tem várias opções de restaurantes na cidade. Caminhamos mais um pouco e paramos no Museo do Chocolate de Óbidos, tomamos um café e comemos alguns doces. Lá é uma boa opção para comprar doces de presente. Após esse momento já tínhamos percorrido toda a cidade. Voltamos para o ponto que chegamos e esperamos o próximo ônibus para Lisboa.


ÓBIDOS

Como chegamos relativamente cedo, seguimos para a Praça do Comércio, onde aproveitamos para comprar alguns presentes e paramos no nosso restaurante favorito em Lisboa para finalizar nossa estadia na cidade. Voltamos ao restaurante Ministerium, pedimos bolinho de bacalhau de entrada, vinho Papa Figos tinto e finalizamos com polvo a lagareiro, bem portuguesas!!!


Esse foi o final do nosso roteiro em Portugal. Se você tiver mais tempo de viagem, recomendamos conhecer outros países da Europa partindo de Lisboa. Na nossa primeira vez em Lisboa, tomamos um voo para conhecer Paris e na segunda vez que retornamos a Lisboa, optamos em conhecer Barcelona. Essas duas cidades fazem parte dos nossos próximos roteiros. Fique de olho que vamos passar todas das dicas dessas duas cidades que são umas das mais visitadas da Europa!

 

 

 

           

 

 

 
 
 

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